segunda-feira, 25 de maio de 2009

Planejando a Cozinha Planejada

Raio X

Tudo o que você precisa saber sobre os materiais, revestimentos e acessórios que uma cozinha planejada pode oferecer

Lógica na disposição

Existe um esquema básico que facilita o
andamento na cozinha. Confira:
1. Use e abuse de elementos abertos, como prateleiras e nichos.
2. Não deixe o microondas perto do fogão. Engordura e não é funcional.
3. A tendência é que a iluminação não se restrinja ao teto, mas esteja
presentesobre a bancada de trabalho e mesmo dirigida a pontos de destaque na ambientação.
4. A geladeira e o fogão não devem estar encostados, porém precisam estar próximos para facilitar o preparo dos pratos quentes. "A solução é ter a pia entre estes eletrodomésticos", ensina Irene Maczka, da Florense.
5. A pia deve ter a altura de 0,91 m, perfeita para resguardar a coluna.Se quiser ter máquina de
lavar louças sob a pia, escolha um modelo de até 0,88 m de altura.
6. Cores claras são bem-vindas por demonstrar limpeza.

Resistentes às mais afoitas donas de casa e aos exigentes gourmets, as cozinhas modernas visam conforto e facilidades. Cientes de que o ambiente vem sendo usado como sala de reuniões entre amigos, as empresas investem em novos produtos e recursos. Para garantir mobilidade, há sistemas diferenciados de abertura de portas. Versões de gavetões e aramados se multiplicam, oferecendo mais opções, mas sem comprometer os espaços e a circulação. A tendência de cores claras continua forte, pedindo praticidade na manutenção. Materiais fáceis de limpar estão presentes do piso aos armários, passando pelo tampo da pia.

Da Formaplas, a porta rolante horizontal (esq.) usa cristal satinê. A basculante (centro), que pode ou não ser dobrada ao meio, tem opção em vidro ou com detalhes em madeira. A rolê vertical (dir.), de lamela em alumínio, também existe em branco.

Novidades funcionais

Prático, este modelo aproveita espaços perdidos nos cantos.

O desenhista industrial José Bonetti, responsável pelo desenvolvimento de projetos da Kitchens, lembra que, no sistema convencional, o abre-e-fecha das portas dos armários era inevitável. “O novo conceito visa oferecer recursos para trabalhar de maneira mais confortável, onde portas abertas não atrapalham a circulação. A organização é prioridade”, avalia.

Há muitas opções no mercado. As colocadas sobre a pia são basculantes (abrem para cima). Pelo ambiente é possível empregar modelos com abertura vertical (rolê) ou horizontal (deslizante). Há, ainda, as sanfonadas, que ocupam o mínimo de metragem. Sob a bancada, os armários foram substituídos por gavetas com divisórias e separadores, garantindo a arrumação dos utensílios. Os pratos também ficam mais organizados no lançamento da Formaplas. Para os cantos, a Florense dispõe de uma linha, onde o aramado com corrediça é retirado do móvel. A Formaplas e a empresa alemã Siematic desenvolveram um pequeno armário giratório (360º).

As despensas atuais têm melhor visual e praticidade. São perfeitas nas versões com prateleiras rolantes e aramados móveis, inclusive circulares para aproveitamento absoluto de espaço. Uma terceira opção, exclusiva da Siematic, é o modelo de parede, disposto dentro de uma porta corrediça, de cerca de meio metro de largura, porém, segue a profundidade total do armário.

O modelo projetado para potes de cereais tem similares para guardar outros utensílios. Da Formaplás. Aramados fixos para louças: organização e beleza. A linha da Siematic garante aproveitamento total de espaço

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Tudo o que você precisa saber sobre os materiais, revestimentos e acessórios que uma cozinha planejada pode oferecer

No Brasil, a estrutura dos armários recebe, principalmente, o aglomerado, produto feito de madeira desfibrada misturada com cola especial. Um pouco mais rígido, o compensado, também é à base de madeira. Outra sugestão, que faz parte de uma nova geração de aglomerado, chama-se MDF (Medium Density Fiberboard), sendo indicado nos casos onde há as portas desenhadas. Já a marca alemã Siematic apresenta o HDF (High Density Fiberboard), ainda mais resistente que o MDF. Veja, a seguir, as principais características de cada um dos produtos citados.
Aglomerado: produzido com muita química, é resistente à umidade e a insetos, como o cupim. Por ter ventilação interna, possui base irregular e não serve para portas com sulcos.
Compensado: mais rígido do que o aglomerado, porém, pode resultar em emperramento das portas. De excelente qualidade, seu uso é mais artesanal. O tipo naval, apesar de resistente à água, não chega a ser impermeável.
MDF: por ser totalmente compacto, permite receber sulcos e desenhos, detalhes muito comuns em portas.
HDF: importado da Alemanha, tem alta densidade de compactação da madeira, permitindo sulcos e desenhos, além de resistente à umidade e à água.


Gavetas com acabamento
gofrado, um tipo de laqueação.
O PVC aluminizado, exclusividade
da Florense, imita aço inox.

Revestimentos

Depois da estrutura vem o revestimento. O mais usado e prático é o laminado melamínico, resistente a produtos de limpeza. Vantajoso também na variedade de opções em que se apresenta, podendo imitar mármore, granito, madeira e aço, além de oferecer uma vasta gama de tonalidades. Por outro lado, só pode ser empregado em portas de superfície lisa, sem sulcos. O mesmo acontece com a pintura opaca, chamada de gofrada.

Portas desenhadas podem ter revestimento laqueado (pintura automotiva com brilho) ou em folhas de PVC. A Florense possui uma linha de PVC aluminizada, que imita o aço inoxidável.

Laqueado: é a pintura automotiva brilhante, empregada em portas sulcadas. Outra aplicação, a opaca, chama-se gofrada e só aparece em superfícies lisas. A cor pode sofrer alterações, inferindo na mesma desvantagem do filme de PVC: peças novas ficam diferentes das já usadas. Não suporta o uso de produtos de limpeza.

Filme de PVC: usado em portas com desenhos, exige mais cuidados do que o laminado. A limpeza deve ser feita com pano úmido, pois o material não aceita produtos abrasivos. Dispõe de diversas cores ou imita madeira. O aluminizado é exclusividade da marca Florense. Com o tempo, a tonalidade do filme de PVC se modifica e dificilmente uma porta nova ficará no mesmo tom que o resto do armário.
Madeira: porosa, mesmo quando recebe pintura não permite higienização perfeita.
Laminado: aceita produtos de limpeza abrasivos e oferece número infindável de cores, que, com o tempo, não mudam de tom – uma boa vantagem em caso de troca de peça. Empregado somente em portas lisas, pode imitar madeira, granito, mármore ou aço inox. Este último, porém, tem chances de riscar, mesmo assim, é menos sensível do que o original.

Pisos

A cozinha exige piso de fácil manutenção, afinal, as gorduras são uma constante no local. Evite o mármore, que mancha com facilidade. Dentre as pedras naturais, o granito é o mais indicado, porém, a maioria possui tons escuros e, mesmo o branco polar apresenta pigmentações pretas. Outra sugestão, o produto espanhol Silestone (uma espécie de pedra fabricada de granito) está há cerca de um ano no Brasil. Contém resina na composição e não apresenta porosidade.

Os pisos frios ganham pontuação no aspecto coloração e facilidade de limpeza, mas não há como evitar as sujeiras impregnadas no rejunte, principalmente no caso do branco. Portanto, opte pelos de coloração bege ou cinza.

Novidade para cobrir o chão, o laminado de madeira de alta resistência pede alguns cuidados para se tornar impermeável e resistente às altas temperaturas e produtos abrasivos de limpeza, inclusive o amoníaco. Confira, abaixo, as vantagens e desvantagens de cada material.

Da Pergo, modelo travertino, de alta resistência. Importada da Espanha, esta
novidade serve para pisos e tampos.
Em diversas cores, exige menos
rejunte entre peças.

Piso de madeira: para se tornar impermeável, exige aplicação de barreira específica contra umidade e selante para vedar as laterais; resiste a temperaturas altas e a produtos abrasivos. Fácil, a manutenção diária pede apenas um pano úmido. Jamais jogue água em excesso.

Mármore: totalmente desaconselhável para uso em cozinhas por ser muito poroso e manchar com facilidade, inclusive com a gordura. Perde brilho rapidamente e, atualmente, seu preço está muito alto, já que 90% do mármore empregado no Brasil é importado.

Silestone: dispõe de 40 tonalidades e resiste a choques. Aceita produtos químicos, inclusive cloro, e não mancha com facilidade. Une as cores do mármore à resistência do granito, mas não apresenta porosidade, o que garante limpeza absoluta. Custa de três a quatro vezes o preço do granito, e tem cinco anos de garantia.

Granito: de longa duração, porém tem poucas opções de cores. O quartzo (pontos pretos) escurece o ambiente e não permite cor homogênea. Deve ser polido a cada dez anos. A manutenção diária é feita com sabão neutro. Resiste a produtos químicos.

Cerâmica: não mancha. Para a limpeza basta passar pano úmido, mas resiste a produtos alcalinos. Possui vasta gama de cores e a desvantagem se dá no rejunte de 5mm, que facilmente acumula sujeira. A solução é fazer o rejuntamento em tons que a disfarcem, como bege e cinza, o que desfavorece o uso de cerâmicas muito claras.

Porcelanato: não mancha e a manutenção é fácil. Um pano úmido resolve a questão. Resiste a produtos alcalinos e conta com boa variedade de cores, inclusive tons marmorizados. De medidas maiores do que a cerâmica, exige menos rejunte no todo. Entre uma peça e outra, precisa de 1,5 a 2 mm, contra os 5 mm necessários na cerâmica. Há marcas que oferecem 50 anos de garantia.


Os tampos de pia podem ser de pedra, aço inox ou resina. Esta última, importada, trata-se da grande novidade e a manutenção é simples. Há duas opções no mercado: o Corian, que permite a recomposição em caso de lascas, e o Silestone, já citado anteriormente. O granito pode ser aplicado, mas dispõe de poucas cores, geralmente escuras. Como já foi comentado, evite o mármore, que, inclusive, mancha com limão e vinho. Além disso, sua porosidade só permite limpeza superficial. Veja, a seguir, as características dos novos materiais.
Aço inox: empresta aspecto de modernidade, mas risca facilmente. Exige limpeza constante por ficar marcado com o simples toque das mãos. Amassa com choques e perde brilho com produtos alcalinos.
Corian: permite recomposição em caso de lascas sem deixar marcas. A empresa oferece garantia de dez anos. Pode compor móveis e tem alta resistência: não queima e não mancha. Apresenta acabamento brilhante, semibrilho ou opaco. Tem porosidade nula, o que permite higiene absoluta. Por ser um produto de alto padrão, é caro.

fonte: http://casaejardim.globo.com/edic/ed560/rep_cozinhaa.htm

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