terça-feira, 26 de maio de 2009

Matéria REvista Epoca - OS CONFLITOS DA NOVA FAMÍLIA

Os conflitos da nova família

O caso Isabella expôs os conflitos nem sempre declarados entre madrastas, enteados e meio-irmãos. Como lidar com o ciúme, as brigas pelo poder e a rejeição

Martha Mendonça


O modelo clássico de família, em que o casamento era visto como uma instituição indissolúvel, começou a ruir na segunda metade do século passado. A autonomia da mulher, a legalização do divórcio, o aumento do número de adoções e a explosão do número de mães solteiras ajudaram a compor o atual mosaico da nova família. No passado, quando o amor entre homem e mulher acabava, o casamento sobrevivia em nome da coesão familiar. Hoje, ao menos em tese, a aspiração de um dos parceiros à felicidade individual se tornou razão legítima para romper o vínculo do casal. O aumento progressivo do divórcio criou em muitas famílias um emaranhado de papéis: madrastas, padrastos, enteados, meios-irmãos, sogros e ex-sogros provenientes de duas ou mais uniões. Quanto maior o número de casamentos e, conseqüentemente, de “ex” e de descendentes, maior e mais complexa a árvore familiar.

Essas mudanças foram acompanhadas por outra, no discurso para tornar “aceitáveis” essas novas situações e os conflitos que elas naturalmente suscitam.“É comum que o marido ou a mulher – às vezes ambos – levem para o casamento filhos que são fruto de uma relação anterior. Espera-se que isso aconteça sem complicação: afinal, se descasamos e casamos por amor, por que o amor não reinaria pelo lar todo?”, escreveu em artigo recente na Folha de S.Paulo, a propósito do assassinato da menina Isabella Nardoni, o psicanalista Contardo Calligaris. A psicóloga americana Judy Osborne, que estuda a construção de novas famílias há duas décadas e criou o site Stepfamilies Associates, em que discute os mitos em torno do novo núcleo, cita alguns mitos que perturbam as novas famílias: 1) que o amor entre todos os membros se estabelece instantaneamente; 2) as crianças têm de vir sempre em primeiro lugar; 3) padrastos e madrastas são maus; 4) um novo bebê vai criar o elo que falta para todos. “Adultos e crianças precisam se desprender desses mitos e criar sua própria experiência”, diz Judy.

No fórum da Associação de Madrastas e Enteados, há troca de experiências e desabafos. Ali, as ex-esposas são chamadas de “exus”

Quatro anos atrás, em reportagem de capa sobre as “novas famílias”, ÉPOCA afirmava que a instituição familiar tinha se adaptado aos novos tempos e que havia lugar para a igualdade e o respeito entre todos os integrantes. Isso continua a ser verdade. Na maioria das famílias, “ex”, padrastos e enteados convivem em paz. O caso Isabella é uma raríssima exceção em que o conflito parece ter desembocado em uma violência incomum. Por sua estúpida brutalidade, fez lembrar que as transformações da família são fonte de conflitos nem sempre declarados, que podem vir à tona a qualquer momento. É particularmente chocante, nesse sentido, o contraste entre a cena harmônica do pai de Isabella, sua madrasta e seus meios-irmãos de mãos dadas, fazendo compras no supermercado, e o crime bárbaro cometido horas depois, pelo qual o casal foi indiciado.

Nem sempre, principalmente nos primeiros anos do segundo, terceiro ou enésimo casamento, as relações são amenas. Ciúme, brigas pelo poder, a sombra dos ex-cônjuges e dificuldades de relacionamento entre os enteados podem ser o estopim de uma guerra. O psicólogo americano James H. Bray, do Baylor College of Medicine, em Houston, no Texas, acompanhou 200 novas famílias e as classificou em três categorias:

– a “neotradicional”, em que os casais têm uma relação extremamente sólida. As questões dos filhos de um lado ou de outro são resolvidas de forma cúmplice e firme, em parceria. Essas famílias não têm expectativas de perfeição e aprendem com os erros. Costuma ser a que dá mais certo, mas é também a mais rara;

– a “matriarcal”, em que a mãe é a figura central do grupo e o novo marido, padrasto de seus filhos, tem o papel de companheiro, mas mantém distância da rotina e da educação das crianças;

– a família “romântica”, em que se espera o mesmo padrão de afeto da família nuclear tradicional – e por isso seus membros não reagem bem aos conflitos normais desse tipo de arranjo. É nesse tipo, segundo Bray, que costuma haver a maior parte das separações. Casais que decidem formar uma nova família, segundo ele, precisam fazer uma espécie de “planejamento”. “Discutam o que caberá financeiramente a cada um, deixem claro o que cada um pode ou não pode em relação aos enteados. E, sobretudo, façam um pacto de fidelidade aos problemas um do outro. O casal é a base da família. Se está forte, todo o resto será beneficiado”, diz Bray.

Fernanda Carlos Borges, filósofa, autora do recém-lançado livro A Mulher do Pai (Summus Editorial), afirma que “a família que vive no imaginário coletivo ainda é a família nuclear. Mas a família não-nuclear é a realidade de metade dos brasileiros e está na discussão dos lares”. Segundo Fernanda, “quando há diferença entre essa família-padrão e a nova família, surgem a ansiedade e o sofrimento, porque ela não incorpora os personagens desse imaginário ultrapassado.”

Harmoniosos ou conflituosos, a tendência é que haja um aumento desses novos núcleos. Nas últimas duas décadas, o número de divórcios quadruplicou, segundo o IBGE. Em dez anos, o índice de casamentos que envolvem pelo menos um divorciado cresceu de 7% para 12%. Os números oficiais não representam inteiramente a realidade brasileira, composta de um número maior de enlaces informais, fora dos registros. São as “famílias reconstituídas” – como as classifica o meio acadêmico. Esse novo desenho de família é um fenômeno da sociedade ocidental. Nos Estados Unidos e na Europa, estima-se que as separações triplicaram desde os anos 70.

O CAÇULA
O professor Elton Maravalhas tem três filhos do primeiro casamento: Fernanda, de 15 anos (de verde), Rafaella, de 13 (de preto), e Felipe, de 11 ( de azul). A mulher, Ana Cláudia Vivacqua, tem um menino da primeria união, Gabriel, de 13 anos (de camiseta branca). Eles admitem que a caçula, Rebecca, de 2 anos, fruto da união do casal, desperta ciúme

Nesse quebra-cabeça, as famílias “recasadas” ainda se sentem incertas sobre seus papéis. Padrasto pode dar bronca? O filho de um pode dormir tarde e o do outro não? “Crianças de fim de semana” devem ajudar nas tarefas domésticas? Qual o papel de um adulto que convive com uma criança e não é pai ou mãe dela? Entre essas discussões, uma das mais comuns é o papel da madrasta. Na tese Mães e Madrastas: Mitos Sociais e Autoconceito, Denise Falcke, psicóloga e terapeuta de casais da PUC do Rio Grande do Sul, mostra quanto é difícil para a madrasta saber qual é o papel dela na família. “Qualquer atitude dela que aparentemente se afaste da idéia de mãe perfeita passa a ser sentida como uma ameaça da chegada da madrasta malvada”, diz Denise. “Se a madrasta exige alguma atitude dos enteados, algo cotidiano, como a arrumação da casa ou alguma reivindicação do companheiro em relação aos filhos, isso tudo logo é visto como falta de paciência ou maldade. Elas se sentem perdidas.” Denise constatou que as mulheres costumam ter mais ciúme que os homens e se colocam em desvantagem em relação aos filhos dos companheiros.

É mais comum a mulher ter ciúme e formar “triângulos” com o marido e os enteados que o padrasto com os filhos da mulher. Psicóloga e autora dos livros Quando o Homem da Sua Vida já Tem Filhos e 100% Madrasta, a paulistana Roberta Palermo criou a Associação de Madrastas e Enteados, que organiza encontros e palestras sobre o tema. No fórum do site da associação, madrastas trocam experiências e fazem desabafos quase sempre muito parecidos. Sentem-se desrespeitadas pelos enteados, injustiçadas pelos maridos e confrontadas por suas ex-esposas – que na gíria do fórum são chamadas de “exus”. Uma delas, em crise, escreve que o enteado adolescente resolveu morar com eles “logo agora que meu marido resolveu reverter a vasectomia para termos nosso bebê!”. “Madrastas e ex-mulheres são ingredientes de uma bomba-relógio”, diz Roberta, que diz ter superado os problemas iniciais que teve ao se casar com um pai de dois filhos pequenos.

Pai de cinco filhos, de 3 a 20 anos, de quatro casamentos, o empresário carioca Antônio Cardoso, de 52 anos, diz que o conflito entre as crianças e a mulher da vez pesou em seus dois últimos divórcios. “Sou um pai que gosta de estar presente. Ao me divorciar, nunca virei um ‘ex-pai’. Mas minha mulher sempre queria deixar os enteados de lado, e isso se agravava quando nascia o filho dela”, afirma. No atual casamento, em que teve duas filhas, hoje com 5 e 3 anos, Cardoso reconhece que não é diferente. Para passar mais tempo com os filhos dos relacionamentos anteriores, a solução foi chamá-los para trabalhar com ele. “Estou no centro de um cabo-de-guerra de ciúme e inseguranças, seja entre madrasta e enteados, seja entre os próprios meios-irmãos”, diz.

O conflito é maior enquanto a nova mulher ainda não tem filhos. “É a frustração do desejo de ser a primeira a dar filhos àquele homem”, diz o psicólogo Sócrates Nolasco

Não faltam obstáculos para a harmonia nos novos núcleos. “O primeiro deles é o desrespeito com o passado do outro”, diz Eliana Riberti, psicóloga e mediadora em Varas de Família de São Paulo. Nessas Varas, são comuns casos de homens e mulheres que não aceitam a proximidade entre seus companheiros atuais e os “ex” – e vice-versa. “A má influência dos ex também chega, indiretamente, através das crianças”, diz a psicóloga. É a “crise de fidelidade” dos filhos em relação ao pai ou à mãe responsável pela desavença: eles se tornam agressivos com o padrasto ou a madrasta, fazendo transbordar o ciúme.

O antigo arranjo do “fim de semana sim, outro não” deu lugar a vários tipos de acordo que dão ao homem separado mais tempo com os filhos de casamentos anteriores. Era inevitável que isso alterasse a relação desse homem com a nova companheira. “Quando a madrasta não aceita o enteado, na verdade não está aceitando o passado do marido. Um filho é um vínculo de carne e osso com a ex-mulher”, diz Anne Lise Scapatticci, psicanalista infantil e doutora em saúde mental pela Escola Paulista de Medicina. “E o pior: é um vínculo que vem antes dela.”

O leva e traz de uma casa para outra é muito comum. Os especialistas afirmam que usar as crianças como “pombos-correios” é um desrespeito às crianças. Casada com o analista de sistemas Alexandre Silva, de 39 anos, a veterinária carioca Bianca Couto é mãe de Paola, de 12, e madrasta de Camila, de 11. Bianca confessa que sempre questionou os mimos do marido com Camila. Ela queria continuar dormindo com o pai, como fazia antes do segundo casamento. A relação pouco amigável de Alexandre com a ex-mulher resultou num convívio frio entre Bianca e Camila. A situação piorou quando Bianca descobriu que a enteada contava para a mãe as brigas na casa do pai. “Perdi a paciência, briguei com o Alexandre e com a Camila. Depois conversamos. Mas a verdade é que, quando ela está, não me sinto à vontade, não sou eu mesma”, afirma Bianca. Camila diz apenas que acha “muito chata” a situação. Hoje, as duas fazem terapia para desatar os nós.

A disputa entre meios-irmãos por atenção pode até pôr fim a casamentos. Os desentendimentos entre a nova mulher, Renata, e os filhos acabaram com o relacionamento do paulista Ronaldo Toseti, hoje com 47 anos. Inicialmente, Ronaldo vivia com os filhos, de 17 e 14 anos, e namorava Renata. Quando todos passaram a viver sob o mesmo teto, Renata se incomodou. “Passei a exigir uma mudança de hábitos, uma divisão de tarefas, uma disciplina maior”, diz Renata. Ronaldo afirma que a filha não respeitava a privacidade da madrasta. “Eram brigas verbais sérias. Minha filha mexia nas coisas da Renata.” Essa situação durou quase um ano, até que o casal resolveu procurar uma terapeuta familiar. Até os filhos foram às sessões. Não adiantou. A filha voltou a morar com a mãe e o casamento acabou. “Fiquei muito mal. Emagreci, sofri, chorei. Fiquei sem mulher e sem filha”, afirma Ronaldo.

“As pessoas se separam para fugir de determinadas tensões e, ao se casar de novo, substituem-nas por outras”, diz o psicólogo carioca Sócrates Nolasco. Estudioso do universo masculino e autor de livros como O Mito da Masculinidade e De Tarzan a Homer Simpson (editora Rocco), ele diz que em seu consultório muitos homens em segundos e terceiros casamentos reclamam da rotina de ciúme e desentendimentos envolvendo filhos, ex-mulher e atual mulher. Os conflitos são maiores quando a nova mulher não tem filhos. “É a frustração do desejo de ser a primeira a dar filhos àquele homem”, diz Nolasco. Sob pressão de dois – ou mais – lados, os homens muitas vezes se calam, o que faz o problema crescer. “Eles receiam que o casamento fracasse novamente. Acabam cedendo à mulher para encerrar o assunto.”

Na família da dona de casa curitibana Ana Cláudia Vivacqua, de 37 anos, e do professor Elton Maravalhas, de 44, isso envolve muita gente. Maravalhas tem três filhos do primeiro casamento – Fernanda, de 15 anos, Rafaella, de 13, e Felipe, de 11. Ela tem um menino, Gabriel, de 13 anos, de sua primeira união. Juntos, têm ainda a pequena Rebecca, de 2 anos. “Confesso que achei que seria mais simples”, diz Elton. Todos têm ciúme da caçula, em especial Felipe, que por algum tempo foi o mais novo da casa. “Ele cria confusões para ter a minha atenção exclusiva”, diz o pai. De dois anos para cá, a convivência entre todos, que só ocorria nos fins de semana, passou a ser em tempo integral, desde que a mãe dos meninos perdeu a guarda das crianças, por problemas pessoais.

O casal tenta criar regras para o convívio de todos. Com sete pessoas e uma casa grande – comprada recentemente para acomodar todos –, é necessário que cada um contribua com alguma tarefa. Eles esbarram em um problema básico dos novos lares: como impor autoridade, quando não se é o pai (ou mãe)? Ana Cláudia, a madrasta, assumiu o papel de mãe. Mas não é mãe. Freqüentemente, quando Maravalhas chega do trabalho, recebe o que chama de “relatório do dia”. É comum que Ana Cláudia se queixe da desobediência dos enteados. Maravalhas confessa que muitas vezes não sabe que decisão tomar. “Esse arranjo de família ainda não tem manual”, diz.

Os conservadores culpam o modelo moderno de família pela existência de conflitos. Para o padre Jesus Orthal, teólogo e reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a questão não começa na família reconstituída – e sim na família desfeita. “A separação contradiz o que foi prometido ao outro. Quando surgiu a lei do divórcio, falou-se em exceção. Hoje, virou regra. Separar-se é quase como mudar de roupa”, afirma.

ACORDOS
O diretor José Alvarenga e a atriz Helena Fernandes tiveram juntos Antônio, de 5 anos (de amarelo), e Lucas, de 4 (de verde). O filho de Helena, Yan, de 19 anos (de branco), e o de Alvarenga, Pedro, de 12 (de preto), tiveram de se adaptar. “Vivemos em eterna negociação”, diz a atriz

O diálogo é a receita básica de psicólogos para reorganizar a família. Casados há oito anos, o diretor de cinema e TV José Alvarenga, de 47 anos, e a atriz Helena Fernandes, de 39, têm quatro filhos: Yan, hoje com 19 anos, é do primeiro casamento dela; Pedro, de 12, é da união anterior dele. Juntos, têm Antônio, de 5, e Lucas, de 4. O casal diz que hoje consegue viver em harmonia, mas que o nascimento dos pequenos desestabilizou os mais velhos, que perderam o papel de “filhos únicos”. Yan teve de fazer terapia. “Eu sabia que meu espaço ia ser atropelado”, diz ele. Pedro se queixa até hoje. “Prefiro ficar na casa da minha mãe. Meus irmãos menores me chateiam o tempo todo”, afirma. Segundo Helena, nunca houve uma grande crise, mas a vida de família “é uma eterna negociação”.

Famílias irregulares sempre existiram no Brasil. Os europeus trouxeram para o Novo Mundo a família tradicional, sacramentada pela Igreja, com filhos legítimos educados de forma cristã. Mas a prática era bem diferente. “O que houve por aqui foram núcleos compostos também de concubinas, filhos ilegítimos, agregados, adotivos e mulheres sozinhas que enviuvavam e casavam-se novamente”, diz a historiadora Mary del Priore, autora do livro A Família no Brasil Colonial (editora Moderna). As mulheres entraram no mercado de trabalho, ganharam independência financeira e sexual e a família acompanhou essas transformações. “Hoje, nos debatemos entre o desejo de multiplicidade de parceiros sexuais e a estabilidade necessária aos filhos.”Apesar das mudanças, a família continua a ser o núcleo básico da sociedade, o espaço por excelência da transmissão de valores de uma geração para outra. “É em casa que aprendemos o que é certo e o que é errado. É ali que está a nossa sustentação”, afirma Mary del Priore.

A terapeuta de família paulistana Lídia Aratangy diz que, embora haja conflitos de naturezas diferentes, as saídas para a resolução dos problemas na nova família passam pelas mesmas da família tradicional: tolerância para lidar com as diferenças, bom humor para enfrentar as dificuldades e controle das próprias fantasias e inseguranças. Lídia alerta sobre o risco das generalizações. A tragédia de Isabella pôs os holofotes sobre um problema real das novas famílias, mas isso não deve resultar numa “demonização” das madrastas ou das uniões de casais separados. “Muitas crianças espancadas e seviciadas vêm de famílias ditas ‘estruturadas’. E muitas crianças felizes e bem cuidadas vivem entre a casa do pai e a casa da mãe”, afirma. Lembrar-se disso é o primeiro passo para uma convivência harmoniosa.

O caminho para viver em harmonia

Não apagar o passado

Obrigar o marido ou a mulher a não falar com, ignorar ou tratar mal o(a) ex – especialmente quando há filhos no meio – é um grande erro. Deve-se tratar do assunto com delicadeza, mas sem receio

Evitar comentários maldosos

Não se deve falar mal do pai ou da mãe do enteado na frente dele. “A tendência da criança é ser fiel aos pais. Isso a põe contra o padrasto ou a madrasta. É o começo da maioria dos conflitos”, diz a psicóloga e mediadora de família Eliane Riberti

Tratar o ciúme com leveza

Em vez de se afastar ao ver o cônjuge brincar com o enteado, é bom juntar-se à brincadeira. “Vale até abrir o jogo e dizer que quer um pedacinho dela para você também. Vai relaxar o ambiente”, diz a psicóloga Judy Osborne


Impor-se com diplomacia

Ao ouvir a célebre frase “Você não é minha mãe!”, não se deve responder no mesmo tom. “Diga que você não é a mãe, mas é alguém que se preocupa com ele”, diz a terapeuta Denise Falcke. Depois, pode-se relatar o que ocorreu ao pai da criança e pedir que ele converse com o filho


Criar regras claras

Crianças devem saber que na casa do pai é de um jeito e na da mãe pode ser de outro


Delimitar os espaços

O enteado deve respeitar o que é do padrasto ou da madrasta. Mesmo que seja uma criança pequena, cabe ao pai ou à mãe ensiná-la sobre a privacidade


Não engolir sapos

“É um dos comportamentos mais nocivos”, diz a filósofa Fernanda Borges. Conflitos devem ser discutidos


Tratar todos com igualdade

Tudo varia de acordo com a idade, mas abrir exceções e criar privilégios em casa cria confusão e incita a briga entre irmãos e meios-irmãos


Conquistar os enteados

É comum as crianças testarem a autoridade do padrasto ou da madrasta. Muitas vezes, elas fazem comparações favoráveis ao pai ou à mãe. Padrastos e madrastas devem ser compreensivos e não levar para o lado pessoal. Procurar conhecer os gostos do enteado e buscar assuntos em comum, que criem vínculos com ele, são idéias que reforçam o relacionamento

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