Projeto luminotécnico eficiente deve priorizar aproveitamento máximo da luz natural nos ambientes
Fotos: Gladyston Rodrigues/Ao Cubo filmes |
As lâmpadas devem ser específicas para cada local e ter eficiência |
07/10/2009 - Com a evolução tecnológica da indústria, o mercado brasileiro oferece inúmeros produtos para o desenvolvimento e a execução de projetos luminotécnicos sofisticados que, além de proporcionarem um efeito cênico fantástico aos ambientes, favorecem que seu uso seja otimizado. "A iluminação é uma das áreas que mais evoluem atualmente e, com isso, já podemos encontrar produtos para todos os bolsos e gostos. Temos uma boa variedade de lâmpadas e as peças também têm uma diversidade muito grande de design", afirma a arquiteta Renata Basques.
Mas, para que a iluminação de um espaço alcance os resultados esperados, tanto em beleza quanto em funcionalidade, é preciso priorizar o aproveitamento máximo da luz natural nos ambientes. "O bom aproveitamento da luz natural é um dos elementos que fazem com que uma construção seja considerada sustentável", observa a designer de interiores Valéria Alves, ao lembrar que um ambiente bem servido pela luz do sol demanda menor ou nenhum consumo de energia elétrica durante o dia para a iluminação.
Por isso, a atenção à iluminação dos ambientes deve estar presente já no desenvolvimento do projeto arquitetônico do imóvel. "Tudo começa na implantação da casa ou prédio no terreno. Ele deve estar posicionado de maneira que seja bem servido pela luz e pela ventilação naturais", ensina a arquiteta Sônia Maria Santos Mendes, especialista em light design, para quem um bom projeto é capaz até de favorecer de forma semelhante, no que diz respeito à iluminação, todas as unidades de um prédio, embora reconheça o grau de dificuldade da tarefa, devido à posição diferente ocupada por elas dentro do empreendimento.
"É no projeto que se consegue posicionar, da melhor forma possível, a construção no terreno, mesmo que seja um edifício de apartamentos. Somente em casos muito especiais, uma ou outra unidade fica prejudicada, mas aí temos outros recursos para fazer com que a iluminação seja eficiente, como uma boa complementação com a iluminação artificial, mas de baixo consumo, usando lâmpadas frias, por exemplo", argumenta.
Aberturas no telhado, coberturas de vidro e janelas mais amplas são outros recursos que garantem um melhor aproveitamento da luz do sol e da ventilação natural e quando especificados em projeto e executados nas obras de construção do imóvel podem minimizar os investimentos na complementação da iluminação com luzes artificiais. "Sem contar que artifícios como aberturas maiores para as janelas promovem a integração dos ambientes internos com a área externa, o que sabemos ser importante não só para o conforto visual, mas para a saúde dos usuários desses espaços", assinala Valéria.
Para evitar retrabalho e desperdício na obra, o projeto luminotécnico do imóvel – que vai definir como e onde precisa ser feita a complementação da iluminação por luz artificial – deve ser desenvolvido antes do elétrico, recomenda Sônia. Ela explica que a medida evita eventuais quebradeiras, antes mesmo de a obra estar concluída, para corrigir problemas como a falta de tomadas e pontos elétricos demandados pela iluminação.
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